
By Mariana Pessanha 3
Há muitas razões para não se fazer dietas em que:
- Se eliminam os hidratos de carbono por completo;
- Não se varia;
- Se come um exagero de determinados alimentos em detrimento de outros.
Se pensarmos de uma forma muito simples, uma pessoa que coma todos os dias a mesma coisa vai chegar um dia (normalmente fim-de-semana) em que se vai fartar e lhe vai apetecer comer um “monte de porcarias”.
Se estiver sem consumir hidratos de carbono, pior ainda, porque vão ser precisamente esses que vai procurar e normalmente hidratos simples.
Os hidratos de carbono simples – arroz branco, massa, batata, entre outros cereais processados:
- Têm uma percentagem mais elevada de açúcares;
- Não contêm proteína;
- Não têm fibra.
E porque deveriam conter a proteína e a fibra que lhes pertencem de raiz? Porque são:
- Indispensáveis ao bom funcionamento intestinal;
- Cruciais para nos mantermos saciados;
- Fundamentais no desempenho de absorção lenta dos açúcares de forma a não gerar picos de insulina e não interferir com os nossos níveis de energia ao longo do dia.
Cortar hidratos de carbono não tem apenas este “downside”:
- Compromete a velocidade metabólica do organismo (diminui a velocidade a que queimamos gordura mesmo fora do horário de treino);
- Pode comprometer o sono;
- Aumenta os níveis de irritabilidade;
- Diminui a capacidade de resistência em treinos (exercício físico).
Não quero com isto dizer que devemos fazer uma alimentação baseada essencialmente em hidratos. O que digo é que são necessários em cerca de 70% das refeições do dia (incluindo jantar) para a maioria de nós.
Recomendo várias fontes de hidratos de carbono complexos dependendo de pessoa para pessoa, entre eles:
- Arroz integral
- Arroz integral basmati
- Batata doce
- Quinoa
- Aveia integral
- Trigo-sarraceno
- Alfarroba
- Grão
- Feijão
- Lentilhas
Repito, a fonte de hidratos depende de pessoa para pessoa.
Contagem calórica e redução de hidratos resulta para perda de massa gorda? Resulta por um curto espaço de tempo e para alguns mas vem 90% das vezes acompanhada de irritabilidade, perfeccionismo, frustração, sacrifício, instiga comportamentos yo-yo, anorexia, bulimia e a ideia da imaculada perfeição que um dia se atingirá (como fotos que aparecem carregadas de fotoshop nas revistas e redes sociais de hoje em dia).