Não tenho preconceitos

Não tenho preconceitos

Há uns 15 anos atrás, num Natal com a família em Inglaterra, um primo meu ficou assim um pouco mais “alegre” durante o jantar. Do alto da sua “boa-disposição”, disse em alto e bom som, a toda a família, que era gay.

Foi o meu primeiro contacto com as questões da homosexualidade, e felizmente foi super positivo. A minha família teve um atitude normal “isso não muda absolutamente nada, amamos-te e ao menos agora percebemos essas tuas roupas (lol).”

Este ano, o Jamie vai casar com o amor da sua vida e todos nós estamos super felizes por eles. Infelizmente, nem todas as histórias de “coming out of the closet” são tão felizes como esta. Muitas pessoas ainda enfrentam discriminação e violência. E é triste que em pleno século XXI, haja pessoas que para amar alguém, têm de ser fortes e corajosos e lutar contra tantos obstáculos. E estou a falar dos chamados “países desenvolvidos”. É triste.

Preconceito e injustiça são das coisas que mais me incomodam na vida, e custa-me pensar que ainda existe nestes moldes. O amor é natural, e a vivência do amor deveria ser também. E nem sempre é. Hoje celebra-se o Dia Internacional da Luta contra a Homofobia e Transfobia e eu apoio a causa. Porque somos todos iguais, seja qual for a nossa orientação sexual.

Como qualquer um de vocês, conheço várias pessoas homossexuais e, pela minha experiência, talvez devido à discriminação que enfrentam diariamente, são pessoas fortes, seguras e confiantes. Não têm (nem têm de ter) vergonha de quem são. E isso é um poder gigante.

E já estava na altura do mundo inteiro aceitá-los também.

image image image image image