
Status Report
Hello!
Eu sei que tenho andado meio desaparecida, ou melhor, a fazer posts mais gerais no blog. Tenho andado a MIL!!!!
O projecto “Onde Está Elisa?” tem sido uma loucura em termos de horários e intensidade. Provavelmente, um dos projectos que mais gostei até à data, mas trabalhoso p’ra xuxu! O que é bom!!!! Não me estou a queixar, atenção, estou a desabafar 🙂
Esta minha Alexandra, arquitecta livre e descontraída, apaixonada pela Olívia (Paula Neves), está a ser uma experiência incrível! Mal posso esperar para que todos possam ver o resultado desta série. Na minha opinião, sobe a parada de qualidade à séria!!!!
De resto, podem ver que ando adorar os insta stories, e quem me segue deve andar as ver as gravações e as outras coisinhas que ando a fazer!
Se me vão perguntar pelos cães, estão sempre comigo e com o Diogo do City Dog. Nesta altura é mesmo impossível dar a atenção toda que precisam, sozinha.
De resto, continuo tranquila, feliz, de aparelho a tratar do meu maxilar… Mas depois conto-vos isso com mais calma. Ando a fazer imenso desporto, a comer ainda mais, a dançar e a namorar muitooooo com as minhas amigas, que também faz falta!
Começo já a preparar a minha próxima viagem, têm sugestões? Abril é o meu mês de folga e tenciono aproveitar ao máximo!
Para a malta de Lisboa deixo uma dica… Passem no Art Room para ver a exposição da minha amiga Olga Barrisco (e outra malta bem fixe), uma exposição com fotografias do Instagram.
Beijinhos!!
P.S: Deixo-vos uma música que adoro… Já agora deixem sugestões de música, gosto sempre de as receber!
Olá Jessy, fica a sugestão…
Cold – Maroon 5, Future
De Ana Cristina César, um poema (ocorreu-me ao ler dessas personagens Alexandra e Olivia em que trabalhas), ela tem mais onde se aborda este ser ou não ser, querer ou não, enfim, o processo pessoal inspira e é exposto nos seus poemas; muito crus, sugestivos
ARPEJOS
1
Acordei com coceira no hímen. No bidê com espelhinho
Examinei o local.Não surpreendi indícios de moléstia. Meus
olhos leigos na certa não percebem que um rouge a mais tem
significado a mais. Passei pomada branca até que a pele (rugosa
e murcha) ficasse brilhante. Com essa murcharam igualmente
projetos de ir de bicicleta à ponta do Arpoador. O selim
poderia reavivar a irritação. Em vez decidi me dedicar à leitura.
2
Ontem na recepção virei inadvertidamente à cabeça contra o
Beijo de saudação de Antônia. Senti na nuca o bafo seco do
susto. Não havia como desfazer o engano. Sorrimos o resto da
Noite. Falo o tempo todo em mim. Não deixo Antônia abrir
Sua boca de lagarta beijando para sempre o ar. Na saída nos
beijamos de acordo, dos dois lados. Aguardo crise aguda de remorso.
3
A crise parece controlada. Passo o dia a recordar o gesto
involuntário. Represento a cena ao espelho. Viro o rosto à
minha própria imagem sequiosa. Depois me volto, procuro nos
olhos dela signos de decepção. Mas Antônia continuaria
das rodas me desanuvia os tendões duros. Os navios me iluminam.
Pedalo de maneiro insensata
(CESAR, 2002, p.96)